DIMITRI NARRANDO
Quando cheguei em casa e abri a porta, vi Elena parada na porta do quarto e aquilo fez meu coração palpitar. Ela finalmente havia chegado. Eu fui correndo até ela, meio que de forma instintiva, e a tomei em um abraço apertado.
— Cuidado, senhor Dimitri! Ela ainda está machucada! — A empregada me repreendeu e eu acabei rindo e soltando Elena.
— Desculpa, linda. É que eu senti sua falta. — Falei.
Naquele momento, eu vi uma mala feita na porta do quarto. Aquilo atingiu meu coração como uma faca. Elena vai embora? Eu sabia que ela iria... E se eu fosse ela, iria embora também.
Coloquei as duas mãos em meus bolsos e olhei pra baixo. A empregada se aproximou e pegou a mala, e então, olhou para Elena.
— Onde devo colocar? — Perguntou.
— No quarto, por favor. Depois eu ajeito tudo. — Elena disse e eu prendi a respiração.
Aquele momento era doloroso. Acho que depois de tudo que Elena ouviu naquela casa... Todos os xingamentos e ofensas, as mentiras esclarecidas... Depois de tu