Lúcia Mendes
Ainda estava ofegante.
O corpo colado ao dele, os batimentos descompassados, e a sensação quente e profunda de tê-lo dentro de mim. Havia algo de absurdo naquela quietude, naquele instante de entrega completa. Como se o mundo lá fora tivesse sido pausado para que só nós existíssemos ali.
Foi quando a campainha tocou.
Me afastei dele com um suspiro relutante. "Deve ser o café da manhã."
"Provavelmente." A voz dele ainda rouca, quente contra minha pele.
Apoiei as mãos em seu peito para sair de seu colo, mas ele me puxou de volta com um sorriso preguiçoso