Olívia Harrys

O choque da água morna no meu pescoço me arrancou um arrepio. O roupão pesou. O coração, mais ainda.

“Enzo,” sussurrei, queixosa só por esporte.

“Shh,” ele soprou em minha boca antes de me beijar e o beijo não foi um início; foi continuidade. Minha mão encontrou o azulejo atrás, buscando apoio. Ele me encostou com o corpo, firme, a água correndo entre nossas bocas, escorrendo pelos nossos queixos. As mãos dele deslizaram pela minha cintura, abriram o cinto do roupão com uma destreza de criminoso experiente e o tecido cedeu. Eu me senti vulnerável e, contra todas as probabilidades, segura.

“Acho que estou viciado,” ele murmurou, afastando um palmo para ver, os olhos famintos e, ainda assim, carinhosos. “Não consigo manter minhas mãos longe de você.”

Revirei os olhos para não derreter ali mesmo. “Você deve dizer isso para todas.”

“Todas? É isso que pensa de mim?” Ele voltou à minha boca, mais fundo, e eu deixei o corpo decidir no meu lugar.

“Eu realmente tenho que trabalha