Dez anos haviam se passado desde a morte de Mariana, e muitas coisas mudaram. Famílias foram formadas, amizades construídas, amores descobertos… mas a saudade , aquela que vem das pessoas que se ama profundamente, essa nunca desapareceu com o tempo.
Elizabeth aprendeu a sorrir mais. Aprendeu também a não se apegar tanto à dor que, às vezes, insistia em bater à porta do seu peito. Ainda chorava em silêncio de vez em quando, sozinha no chão do quarto, nos dias em que o mundo parecia escuro demais. E nesses momentos, pensava em desistir, pensava em ficar ali, se entregar ao vazio.Mas então lembrava das pessoas adoráveis que caminhavam ao seu lado, algumas de sangue, outras de coração, e se erguia. Por ela e por elas.Ela tinha apenas dezessete anos quando partes do seu mundo desabaram. E aos vinte e três, o que restava dele colapsou por completo, enterrando-a sob escombros invisíveis. Foram dias cinzentos, frios, duros. Dias em que parecia impossível resp