Cobranças; parte 2.
— Cara, eu só estou pedindo pra você se ligar, que eu sou novo nessa m***a! É tão difícil de entender? Você age como se estivesse num regime militar — tudo tem que ser do seu jeito, na sua hora! Só sabe criticar tudo! — gritou Enzo, batendo a mão no volante, já no limite com o tio. — Eu também tenho direito na empresa, tio! Você vem com essa banca toda, mas nem tudo gira em torno de você!
— Você está pensando que sou uma das meretrizes com as quais você se envolve? Alguém com quem pode falar do jeito que bem entende? — verbalizou Thomas, batendo a mão na mesa, esforçando-se para manter o controle. — Não ouse me desrespeitar, Enzo! — apontou o dedo indicador, firme para o nada. — Eu não sou o Oliver, nem o Tyler, tampouco um dos seus amiguinhos. Sou seu tio — e, dentro desta empresa, serei chamado de Thomas. Está me entendendo? — Alguém a quem você deve respeito!
— Desculpe, tio. Estou apenas enfrentando alguns problemas pessoais. — Enzo começou a chorar silenciosamente, tomado pelo