Abri os olhos lentamente, me ajustando à luz suave e acolhedora do quarto de hospital. Meu corpo ainda se sentia pesado e exausto, mas a dor intensa havia passado. Anne estava sentada na cadeira ao meu lado, segurando um tablet que exibia o rosto visivelmente preocupado e tenso de Christian.
— Estou embarcando para o Rio neste exato momento — disse ele, sua voz carregada de urgência mesmo através da tela pequena. — O jato já está na pista, vou estar aí em algumas horas.
— Amor, não precisa — respondi, minha voz ainda um pouco rouca, mas conseguindo soar reconfortante. — Eu e o bebê estamos bem agora. Foi só um susto terrível, mas passou.
Instintivamente, coloquei uma mão protetora sobre minha barriga, sentindo um alívio imenso ao saber que meu bebê estava seguro.
Antes que Christian pudesse responder, a porta se abriu suavemente e uma médica de meia-idade entrou, vestindo um jaleco branco impecável. Ela parou por um momento ao ver o tablet nas mãos de Anne, claramente não esperando po