A cafeteria estava lotada, típico de final de manhã em Ipanema. Escolhi uma mesa próxima à janela, estrategicamente posicionada para impressionar – visível o suficiente para mostrar confiança, discreta o bastante para uma conversa profissional. Enquanto esperava, ajustei nervosamente a pasta com meu portfólio sobre a mesa.
Esta não era uma entrevista convencional. Luciana Almeida, diretora de comunicação da Prisma RP, havia sugerido um "bate-papo informal" após ver meu currículo. "Melhor nos conhecermos sem a pressão de uma mesa de escritório entre nós," escreveu ela. Um bom sinal, segundo todas as dicas de carreira que havia devorado nas últimas semanas.
Pontualmente às 11h, uma mulher de quarenta e poucos anos entrou na cafeteria. Seu cabelo curto platinado e os óculos de armação grossa vermelha combinavam perfeitamente com a reputação da Prisma como a agência mais ousada e inovadora do Rio.
— Zoey? — Ela se aproximou com um sorriso caloroso e um aperto de mão firme. — Luciana Almei