RICARDO
— Por que estou aqui? — Ela cruzou os braços sobre o peito, questionando.
— Você não sabe? — Minha sobrancelha se levantou.
Ana exalou, desviando o olhar. Sua postura gritava o quão tensa ela estava, mas ela agia como se fosse forte e imponente.
Eu pedi a Bernardo para trazê-la aqui para que finalmente pudéssemos ter a conversa pendente sobre Natália e o que ela fez.
— Você me chamou aqui. Você continua me encarando em vez de me dizer por que estou aqui. Como eu deveria saber o que você quer de mim, Alfa Ricardo? — Ela olhou de volta para mim e fez uma careta.
— Cuidado com o seu tom. Eu não vou te avisar novamente. — Eu disse, reclinando-me na cadeira.
Ela fechou a boca. Uma expressão de descontentamento surgiu em sua testa, fazendo-a parecer ainda mais matável para mim.
Silêncio se seguiu. Meus olhos observavam cada movimento dela. Ela deixava seus olhos vagarem inquietamente pelo meu escritório.
— Natália... Está bem? — Ela hesitou, finalmente fixando o olhar em mim