Nicolete parou na minha frente e disse, abrindo os braços:
- Me dê a criança. Resolva tudo e eu cuido dela.
- Ela... Vai chorar. – Aleguei, amedrontada.
- Eu prometo que não. Me mostre onde está a mamadeira... Resolva o que precisa e quando acabar, estarei aqui, com ela, eu juro. Ela não precisa ouvir tudo isso... O soninho dela é leve.
- Sim... – Eu sorri, tentando me acalmar, enquanto entregava-a no colo de Nicolete, praticamente implorando com meus olhos que ela me devolvesse depois.
- Vou devolver... Eu juro. – Ela pareceu ler meus pensamentos.
Acompanhei com meus olhos Nicolete desaparecer com a minha filha nos braços, carregando a bolsa de bebê no ombro. Talvez fosse realmente o melhor a fazer naquele momento.
Encarei Heitor, que já havia retirado a gravata, com os cabelos completamente bagunçados, de tantas vezes que passou os dedos por