Parece verdade quando dizem que o amor foi feito para ser sentido, mas nunca para ser vivido. E os relacionamentos em Manhattan espelham bem essa condição.
Um rapaz misterioso e cheio de ódio que vai estudar justamente na turma caótica de Tyler Monron, Violet Jacobs e Lila Stuart parece um brinde vindo diretamente da bunda do capeta. Pois muito bem, é justamente por isso que Alan Benson não é inocente.
Chegando em casa, após o encontro com Lila depois das aulas, Alan joga a bolsa sobre a pequena mesa metálica e abre o seu notebook, digitando e vasculhando documentos.
Documentos?
Há passos no corredor que indicam se aproximar aos poucos. São profundos e certeiros como se pisassem com confiança. Uma voz grave, mas também suave, chama o seu nome e abre a porta pouco a pouco:
—Alan, a gente pode conversar?
Alan bufa e respira fundo, fechando a tela do notebook, cedendo. O rapaz de cabelos castanhos se levanta e segue em direção á pessoa que lhe chamou. Está sem paciência e tenta se prepar