Louca, louquinha

Nossos olhares se cruzaram e senti como um soco na boca do estômago. Aquelas íris que pareciam sorrir para mim tantas vezes estavam tão frias... e inexpressivas.

- Venha, por aqui. – Jacó pegou minha mão e foi andando entre as mesas, escolhendo uma mais para o fundo.

Quando passei por Ryan, dei um simples “oi”, tão fraco que fiquei em dúvida se ele escutou. Mas pela resposta: um “oi” tão insosso quanto o meu, pude ter certeza de que sim, fui ouvida.

Não cumprimentei Ísis. Motivo um, porque ela estava sentada de costas para mim. Motivo dois, porque eu não tive vontade. Motivo três, porque eu achava que ela tinha grudado o chiclete nos meus cabelos naquela noite da festa no rio.

Jacó não perguntou quem eles eram. Escolheu uma mesa e nos sentamos. Fizemos os pedidos e Deus, juro que acho que o garoto nem era tão chato, porque não falou nada sobre religião. Mas duvido que eu tenha absorvido qualquer coisa que ele tenha dito, porque meus olhos não conseguiam desviar do lugar onde Ryan e Ís
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