Na manhã seguinte, Dalila, ainda com ressaca, abriu os olhos e, ao ver o sol entrando pela janela, as memórias da noite passada invadiram sua mente.
Na verdade, ela não estava bêbada.
No máximo, um pouco atordoada.
Mas tudo o que disse era algo que já havia pensado muito e que vinha guardando no fundo do coração há muito tempo.
Deus sabia o quanto ela se sentia culpada todas as vezes que ficava frente a frente com Emerson naqueles anos.
Sempre que o via, parecia carregar o peso de ser uma pecadora que havia roubado tudo o que originalmente pertencia a ele.
Ela queria muito compensá-lo, mas, todas as vezes, Emerson olhava para ela com um sorriso leve e dizia gentilmente:
"Irmã, você não precisa fazer isso."
Porém, quanto melhor ele era com ela, mais culpada ela se sentia.
Enquanto escovava os dentes e lavava o rosto, Dalila se olhou no espelho e viu sua bochecha inchada e vermelha. Suspirou resignada.
Depois de muito tempo sem se maquiar, ela tirou os cosméticos do a