“Hana”
Era como se eu estivesse acordando em um pesadelo, eu estava me sentindo desorientada, totalmente sem noção de tempo e de lugar, confusa, com a visão embaçada e meus braços e pernas estavam pesados como chumbo e isso me deixou nervosa. Eu não conseguia me lembrar o que estava acontecendo. Ao meu redor as vozes pareciam abafadas, como se eu estivesse debaixo d’água. Então eu tentei me fixar na voz aguda de uma mulher que parecia estar sentada ao meu lado.
- Já disse senhora, nenhum paciente sai sem apresentar o sumário de alta. – A mulher parecia impaciente.
- Mas isso é um absurdo! Você está nos mantendo aqui contra a nossa vontade! – Uma voz familiar parecia gritar ao meu redor, mas eu não conseguia identificar quem era, então eu tentei prestar atenção àquela conversa, mas eu estava tão zonza.
- O que está acontecendo aqui? – Eu ouvi a voz de um homem se aproximando e um vulto branco parou em minha frente. Era só um borrão diante de mim.
- Doutor, eu estou explicando para o ca