“Taís”O Guilherme precisou sair para correr atrás da tal noiva que os pais dele faziam questão e a Sabrina e eu decidimos almoçar juntas e depois sair um pouco, eu realmente estava gostando da companhia dela. Quando voltamos para o hotel no fim da tarde, eu fui para o meu quarto, com certeza a Virgínia já teria pensado em tudo e estava pronta para ficar comigo e nós teríamos uma noite muito divertida com o Guilherme e a Sabrina. Mas quando abri a porta ela não estava no quarto, a porta da sacada estava aberta, mas ela também não estava lá, assim como não estava no banheiro.Eu fui tomada de um pânico crescente. Corri até o armário e não tinha nada dela ali, nenhuma das duas malas, nem um fio de cabelo. A única coisa dela que havia restado naquele quarto era o celular que estava comigo e o cheiro do seu perfume no travesseiro.Mas onde ela havia ido? Como ela conseguiu sair? Só pode ter sido a arrumadeira, mas eu deixei o cartão de “não perturbe” na porta. O que estava acontecendo? Eu
“Guilherme”Era só o que me faltava, aquela fresca da Lisandra desmaiar no meio da rua. Mas pensando bem, o problema nem foi ela desmaiar, foi ela gritar antes disso e um homem aparecer correndo para socorrê-la, porque se ela tivesse só desmaiado eu a teria levado dali facilmente. Mas ela gritou e aquele homem estava saindo do prédio e correu para ajudá-la.Eu ainda tentei enganá-lo, falei que estava na rua e fui ajudá-la, que ela gritou porque quase foi assaltada e eu coloquei o bandido pra correr e que a levaria ao hospital. Mas o homem não caiu na minha conversa, disse que eu não me preocupasse, pois ele a conhecia e a levaria ao hospital ele mesmo. Logo apareceu o porteiro do prédio e aí eu dei um jeito de sair dali depressa.Mas eu fiquei esperando, pois quem sabe ele a deixaria no hospital e iria embora? Eu poderia aproveitar a oportunidade. Mas não, o bom samaritano a levou para o hospital e ficou lá e só saiu depois que o troglodita do Flávio chegou. Logo o Flávio!O Flávio se
“Ricardo”Eu saí daquele hotel sem saber pra onde ir, eu não queria ir pra casa, mas também não estava pronto para enfrentar meus amigos, principalmente o Patrício. Então, dirigi por um bom tempo e fui parar naquele bar onde eu conheci aquela garota, a Ana.Me sentei em uma mesa bem no fundo, eu nem poderia beber, pois estava dirigindo. Então pedi um refrigerante e fiquei olhando para o celular sobre a mesa. No fim, acabei decidindo mandar uma mensagem para a Ana, nós tínhamos trocado telefones naquele dia.Eu queria agradecer por ela ter me aberto os olhos, pois foi só pelo que ela disse que as meninas falaram com a Melissa e aquela maluca, que tinha um jeito de ficar sabendo de tudo, acabou descobrindo a verdade.Acabei pegando o celular e digitando a mensagem “Você tinha razão!” e joguei o celular sobre a mesa. Não demorou para que o alerta de mensagens soasse, havia uma mensagem da Ana. Ela simplesmente perguntava onde eu estava e se não queria bater um papo. Sim, eu queria muito
“Patrício”Eu não estava muito confortável com esse encontro com o meu ex cunhado, mas eu não poderia dizer não para a Lisandra. Talvez ela quisesse ver como eu reagiria, talvez ela quisesse ter certeza de que eu virei a página e não me importava mais com a Virgínia. Não sei! Mas de qualquer forma eu faria o que ela queria.Nós caminhamos até aquele restaurante e nos sentamos em uma mesa. A Lisandra estava sonolenta pelos remédios e pela infecção de garganta, mas estava disfarçando isso ao máximo e ela estava mesmo preocupada com o Rick. Enquanto esperávamos ele começou a contar como tinha sido a descoberta daquela traição pra ele e que ele precisou enfrentar a Taís.Logo o Levy entrou no restaurante e é claro que ele não podia estar sozinho, a Virgínia e o Luciano estavam com ele. Quando eles entraram, eu estava dando um beijo na mão da Lisandra, que sorria pra mim, e a Virgínia viu a cena. Ela não podia só se recolher no seu constrangimento, ela precisava provocar e foi logo falando
“Patrício”Já tinha dois dias desde que fomos almoçar com o Rick e encontramos a Virgínia, o que foi desconcertante, mas deixou a Lisandra mais segura de que eu não sentia mais nada pela minha ex.E felizmente a Lisandra também estava melhor da infecção de garganta, efeito dos medicamentos, embora ainda estivesse tomando os antibióticos, e infelizmente pra mim, ela não tinha mais ido para a minha casa, estava na casa do Flávio com a família. Eu estava com saudade de tocá-la.Finalmente nossas famílias estavam de partida e, depois de passado o problema com a Virgínia, nossas vidas voltariam ao normal. Até o Guilherme parecia ter sido controlado, pois nós não ouvimos mais nada sobre ele. E agora, nós estávamos no aeroporto, o Flávio e a Manu e a Lisandra e eu, estávamos nos despedindo da família. Embora fosse bom tê-los por perto de vez em quando, todos nós estávamos ansiosos para que eles voltassem para Campanário.- Filha, não se preocupe, aquele imprestável do Guilherme não vai mais
“Melissa”Mas era muita cara de pau dessas duas mesmo, aparecerem na nossa frente depois de tudo o que aprontaram. Depois de tudo o que aconteceu com o Rick e o Patrício e depois de tudo o que a Virgínia me contou, eu estava louca pra dar um sacode naquela sonsa da Taís, estava só esperando ela aparecer em minha frente com esse arzinho de superior que ela tinha.A Taís e eu nunca fomos assim tão próximas, eu sempre achei que ela forçava as coisas um pouco, mas eu adorava o Rick e deixava passar, mas agora, eu queria muito fazer com ela o que eu fiz com aquela ordinária que deu em cima do meu pai anos atrás. Além do mais, a Taís também não me engolia e estava deixando isso muito claro agora.- Você continua a mesma atrevida de sempre, né, Melissa?! – A Taís falou com uma raiva nítida de mim. – Sempre se metendo em tudo, sempre se achando melhor que os outros. Foi por sua culpa que ela foi embora, se você não tivesse se metido ela estaria comigo agora.- Está falando da Virgínia, cachor
“Patrício”A noite foi realmente muito divertida, apesar do incômodo que foi encontrar com aqueles três, mas a Melissa resolveu a situação e tudo ainda virou uma grande piada. Mas eu estava muito feliz por poder levar a minha namorada pra casa.- Finalmente você é só minha, meu doce! – Eu a peguei em um abraço depois que fechei a porta de casa.- Que egoísta, não pode me dividir um pouquinho? – Ela sorriu, passando os braços pelo meu pescoço.- O que eu mais fiz nos últimos dias foi dividir você, mas agora, eu te quero só pra mim. – Dei um beijo em seu pescoço.- Que ganancioso! – Ela deitou a cabeça de lado para que eu continuasse a beijar o seu pescoço.- Como você se sente? – Eu queria saber se ela estava bem ou se ainda sentia algum desconforto por causa dos remédios que estava tomando.- Estou bem. Precisando de um banho. E de tomar os meus remédios.- Um banho? Olha que boa idéia! Os remédios estão lá no quarto, eu pedi para a Wanda deixar tudo arrumado. – Expliquei, pois assim
“Patrício”Quando a manhã chegou eu estava feliz por ser sábado e não precisar ir ao escritório. Minha garota dormia tranquila em meu peito, enquanto eu pensava se o que eu queria fazer era mesmo uma boa idéia. Mas e se ela não gostasse? Ela poderia me deixar também, como as outras fizeram, mas seria muito pior e me mataria. Mas ela não era as outras. Eu confiava nela, confiava no amor dela.Peguei o celular na mesinha ao lado da cama e digitei uma mensagem rapidamente. A confirmação foi rápida e eu precisaria sair. Mas, tão logo eu devolvi o celular para a mesinha, minha garota se mexeu, começando a acordar. Ela esfregou os olhos e os abriu pra mim, junto com aquele sorriso quase tímido.- Bom dia, cariño! – Lisandra escalou o meu peito e me deu um beijo rápido. Eu enlacei sua cintura e a segurei sobre mim.- Bom dia, meu doce! Dormiu bem? – Eu admirava seus cabelos bagunçados caindo sobre o meu peito e emoldurando o seu rosto bonito e sentia o seu cheiro bom, misturado ao meu, me le