“Flávio”
Manu estava dormindo tão tranquila que achei melhor não acordá-la. O dia já estava clareando quando fomos dormir. Mas eu tinha muita coisa na cabeça e não consegui pregar os olhos. Cheguei na cozinha e encontrei o Camilo e a Olívia falando baixinho.
- Olha, Oli, as olheiras desse homem. – Camilo riu ao me ver.
- É, cunhado, sua irmã acaba comigo. – Brinquei e o sorriso morreu na boca dele.
- Me poupe dos detalhes sórdidos! – Camilo reclamou fingindo irritação. – Pelo menos vocês não fizeram muito barulho essa noite. – Eu não pude deixar de rir, lembrando do esforço da baixinha em manter a boca fechada.
- Cadê a Manu? – Olívia me estendeu uma caneca de café.
- Dormindo. Ela está meio cansada. – Sorri para o Camilo que bufou.
- Ótimo, porque nós temos que conversar. – Olívia parecia preocupada.
- O que foi? – Perguntei.
- Minha mãe me ligou. A mulher que trabalha na casa dela é a amiga da mulher que trabalha na casa do Cândido, o pai do tal noivo que a Rita insiste em empurrar