37. LUNA
Não foi fácil passar o dia longe daquele hospital, tanto que precisei tomar remédios para dormir e quando acordei já era noite, ainda meio tonta, vi Lurdes ao meu lado.
— Tia Lurdes, posso te chamar assim também?
— Claro que pode, Luna. Estou aqui porque não queria deixar você sozinha.
— Preciso ir ver o Célio, tia, estou preocupada. Tive um pesadelo ruim.
— Já está tarde e Laerte está lá com ele, filha. Amanhã você irá vê-lo, eu também irei.
Tentei me levantar e uma tontura me faz sentar novamente na cama.
— Luna, está tonta? — Ela segura na minha mão.
— Sim, muito tonta, o calmante que tomei me deixou assim e também não me alimentei.
Ela sai do quarto, mas rapidamente volta com um prato com sopa de legumes.
Como à força tudo aquilo, pois estou me sentindo muito mal e bastante culpada.
***
Acordo pedindo a Deus para que não ser verdade tudo o que estamos passando, mas ao olhar para o lado e ver a cama vazia é a constatação da realidade.
Faço a minha higiene, tom