Assinto para ele e, depois de um novo beijo na boca, o vejo sair do quarto.
Allah! Está tudo diferente entre nós. E acredito que isso se deve à intimidade que acabamos de compartilhar.
Mas preciso lembrar: essa situação está longe de ser convencional. Ele está comigo por causa desse filho.
O que me confunde é a intensidade com que tudo aconteceu. A paixão nos olhos dele, a admiração que parecia genuína... Foi tudo real? Ou uma ilusão?
Não sei o que pensar.
Allah! Preciso de tempo. Talvez apenas o tempo consiga me ajudar a decifrar esse homem.
Mas tempo é o que não me falta.
De repente, memórias de nossas conversas invadem minha mente, fazendo meu coração acelerar:
"— Mas e seus sentimentos? Como é amar alguém? — Eu perguntei.
— Allah! Você acha que eu acredito nisso? — Raed respondeu."
Essas palavras ecoam como uma sombra no fundo da minha consciência. O que ele realmente pensa sobre mim?
Um homem árabe é muito preconceituoso, penso, com um nó na garganta. Fui do irmão dele, e agora s