Capítulo-2- Trabalho

Pov- Gael.

Gael- John chegou alguns minutos depois trazendo várias bolsas, eu fiquei muito feliz quando vi várias calças e alguns pares de tênis.

Ele me levou para um quarto que tinha atrás do bar onde eu encontrei no banheiro, tomei um banho rápido antes de colocar a roupa íntima e logo em seguida a calça jeans e uma regata branca, coloquei as meias e o tênis all Star, eu fiquei muito feliz quando ele trouxe um pote de creme ao qual eu usei para deixar meu cabelo solto.

Quando eu estava pronta, sai para frente do bar onde já estava começando a encher , ele já estava colocando alguns copos de bebida em frente à alguns homens , também eram idosos e eu passei a ajudar no bar.

Comecei a trabalhar ali e tenho que admitir que as pessoas eram bem agradáveis e John fazia o possível e o impossível para traduzir para mim tudo que eles estavam falando.

Eu comecei a cozinhar comida Americana e aos poucos o bar começou enchendo e John conseguiu uma boa quantia em dinheiro pelo menos assim eu poderia ajudar na minha estadia que ele estava me proporcionando.

John- Meu Deus menina - Ele entrou algumas notas dinheiro na minha mão - eu sei que você precisa comprar algumas coisas de menina , pelo menos assim posso continuar dando dinheiro bom para você .

Gael- Muito obrigado John , mas o que eu estou fazendo já deve ser para pagar a minha estadia aqui - ele negou com a cabeça colocando as notas ainda na minha mão.

John- eu não estou pedindo dinheiro por sua estadia aqui, eu estou te pagando porque você está trabalhando para mim - sorriu amoroso - É a coisa certa a se fazer, eu perdi uma filha e Deus foi bondoso o suficiente para me dar outra - ele tocou no meus cachos como se estivesse brincando - você é como se fosse uma filha para mim, não estou pedindo para que você possa me pagar para ficar aqui , só peço para que não possa me deixar sozinho, Eu sou um homem idoso e no fim da vida, estou feliz por saber que finalmente estou com uma filha - ele me deu um beijo na testa antes de sair , guardei o dinheiro dentro de uma caixinha de madeira embaixo da minha cama e logo em seguida voltei a trabalhar no bar servindo as bebidas e os lanches.

Budapeste é uma cidade bem grande, bem diferente do que John me disse por ela ser pequena ,até porque acredito que ele estava acostumado a ficar aqui por isso acreditava que ela era pequena .

outras pessoas começaram entrar no bar por causa do cheiro da comida e eu estava feliz mas ainda assim não consegui entender ninguém, precisava ter paciência e a primeira coisa que eu ia fazer era comprar um livro do dicionário romeno para aprender , lógico que eu teria que dar queixa de roubo dos meus documentos e arrumar uma forma de tirar outros , só assim aqueles homens não iriam vir atrás de mim.

quando o bar está fechando, limpei todo o lugar e percebendo que Jhon estava do lado de fora eu comecei a usar meus poderes usando a água para limpar com mais rapidez, pelo menos assim eu poderia testar meus poderes sem que outras pessoas pudessem ver.

Ele entrou e graças a Deus tudo já tinha terminado, eu então fui para meu quarto que ele tinha me dado , me sentei perto da janela olhando para o lado de fora, olhei para o céu tentando ver se tinha pelo menos alguma vida ali que poderia estar me olhando agora.

Será que Deus estava chorando por mim ? Será que ele fez de tudo para que eu pudesse fugir daquele lugar depois que soube do inferno que eu estava vivendo?

Gael- Deus - Eu juntei minhas mãos olhando para o céu - o senhor está aí me olhando? - antes de falecer a minha mãe era uma mulher muito religiosa e me ensinou a pedir a Deus pelo menos um caminho certo por onde de seguir - pode mandar um anjo me buscar? Estou sofrendo muito aqui embaixo e O senhor pode me levar para o céu?- Eu sabia que ele não ia me responder agora , então tirei o tênis que estava os meus pais e coloquei um short de pano leve, eu iria usar aquela mesma calça amanhã para trabalhar, ela estava limpa e o ar em Budapeste era mais frio e isso significa que eu não ficaria suando.

Apaguei a luz deixando apenas a luz da lua brilhar do lado de dentro do quarto, eu gostava tanto de olhar para o céu e ver as estrelas que não me importava com o frio da noite.

Deixei nos olhos finalmente deixando que a escuridão pudesse me levar , pelo menos por encontro eu tinha paz, mas vamos ver até onde vai durar.

Quebra De Tempo.

Acordei quando o Sol entrando pela janela, mas não posso falar nada pois durante a noite a única coisa que eu tinha era pesadelo.

Arrumei a cama onde eu estava e fui para o banheiro onde lavei meu rosto e escovei meus dentes , aproveitei também para tomar um banho rápido e trocar de roupa.

Eu tenho certeza absoluta que John deve estar esperando por mim para tomar o café da manhã E eu não podia demorar muito tempo, prendi meu cabelo em um rabo-de-cavalo bem feito no alto da cabeça e logo em seguida coloquei um moletom para cobrir meus braços deixando ele aberto na frente.

Depois de colocar o all Star  nos seus pés eu suspirei pesadamente e logo em seguida desci as escadas encontrando com ele passando pano em cima do balcão.

John- Bom dia flor do dia - eu não sentei em sua frente no balcão e ele colocou um prato de ovos mexidos com bacon e um copo de suco de morango - como foi a noite?

Gael- Eu ainda tenho pesadelos do que aconteceu comigo naquela noite , eu matei aqueles homens e eles estavam atrás de mim , eu não queria ter que voltar para aquele lugar - falei.

John- Eu sei Gael, você tinha que lutar pela sua vida e estava certa, a morte daquele homem foi uma fatalidade apenas e ele mereceu por quê fez tudo aquilo para você - eu afirmei com a cabeça - Agora tome seu café da manhã hoje o dia vai ser bem longo , mas daqui a pouco antes de abrir o bar, vamos na feira que tem aqui perto, comigo, ninguém vai perceber que é você.

Gael- Tudo bem - tomei meu café da manhã e logo em seguida Ele puxou o prato da minha mão que estava vazio, ele pegou um carrinho de feira e juntos saímos pelas ruas, muitas pessoas estavam limpando as suas casas e felizes, nem parecia que algo tão ruim estaria acontecendo na floresta aqui perto - John? - e olhou para mim quando entramos na feira- Será que aqueles homens vão vir atrás de mim?

John- eles pensam que você morreu , enquanto estiver assim estará segura - eu afirmei com a cabeça eu não conseguindo começamos a fazermos com, muitas pessoas estavam se aproximando de nós para saber quem eu era E todas as vezes dizia que eu era sua filha que tinha morado no Estados Unidos e por crescer lá, não falava a língua romena .

XXX- John? - olha para frente vendo uma senhora, ela era muito bonita para a idade - sua filha veio morar com você?

John- Sim - ele tocou na minha cabeça fazendo carinho nos meus cachos e ela acabou sorrindo com isso - Gael , está é a Eleonor , uma amiga .

Gael- Muito prazer - Eu apenas afirmei com a cabeça em vez de levantar as minhas mãos, estava com duas bolsas então não podia fazer isso.

Eleonor- muito prazer em conhecer uma menina tão bonita quanto você - ela sorriu ainda mais - eu vou passar no bar mais tarde para ver como você está, tenha um bom dia e para você também Gael - ela me deu um beijo no rosto o que era bem estranho, logo em conseguida ela foi embora deixando eu e dei um para trás.

Gael- parece que ela gosta de você- ele negou com a cabeça enquanto dava risada - eu estou falando de verdade, ela parece gostar muito de você.

John- Que isso menina - ele apertou um pouco da minha bochecha enquanto sorria - eu já sou um homem muito velho e também estou muito cansado para pensar em casamento ou em namoro.

Gael- você sabia que não tem idade para o amor - falei.

John- Você acredita no amor?- eu comecei a pensar na pergunta que ele fez enquanto comprava um pouco de banana e outros temperos.

Gael- eu não acredito - eu afirmei com a cabeça - eu não consigo ver e muito menos tocar, não existe nenhuma conta de matemática que pode resolver o amor, então se eu não posso ver ou tocar ou não existe fórmula para calcular, então para mim ele não existe - ele pegou uma maçã e colocou na minha mão.

John- você sente o vento tocar no seu rosto? - eu afirmei com a cabeça - sente ele bagunçar seus cabelos cacheados? - eu também afirmei com a cabeça - E mesmo depois de tudo isso você ainda acredita no vento, você não precisa tocar o amor ou muito menos arrumar uma fórmula de matemática para calcular, você vai sentir quando for a hora certa e vai saber como ele é real - ele apontou para maçã que estava nas minhas mãos - o amor vai mostrar para você que era tão real quanto esta maçã que você está segurando- eu afirmei com a cabeça aguardando a maçã dentro das bolsas e logo em seguida voltamos a fazer as compras, aproveitei para comprar um pote de creme e um vidro de shampoo.

Ele então me levou de volta para casa onde arrumamos tudo em seu devido lugar, guardei as minhas coisas dentro do meu quarto e voltei para o bar onde voltei a ajudar a servir as coisas o, foi para cozinha comecei fazer vários tipos de comida americana, me lembra da minha mãe fazer para mim quando criança e eu sempre gostei de comer a comida que a minha mãe fazia.

O bar lotou como sempre, eu estava feliz porque pelo menos podia tirar da minha cabeça o tempo que eu passei presa dentro daquele lugar e como eu fugi, fazia de tudo para não ter que ficar me lembrando da morte daquele homem mas durante o banho eu sempre tentava fazer de tudo para controlar os meus poderes e principalmente a água.

Gael- a dona Eleonor está aqui - ele sorriu de lado, nesse momento já estava sentada no balcão porque o bar já estava quase para fechar e tínhamos acabado de terminar de limpar - vai falar com ela - ele então saiu de trás do balcão mas dona Eleonor se aproximou olhando para ele.

Eleonor- Oi John - sorriu para ele , eu estava comendo pouco de salgadinhos e balas e, então apenas estava sorrindo enquanto eles conversavam - eu trouxe uma torta de maçã para você - ela colocou em cima do balcão e tem que admitir que o cheiro estava muito bom - eu trouxe para você e para Gael.

Gael- muito obrigada - ela afirmou com a cabeça.

John- você parei um pouco de comida que a Gael fez para você - ele estava com uma marmita nas mãos quando passou para ela era tão fofo a forma que eles estavam se olhando, que pena que eu não acreditava no amor e sempre foi uma pessoa solitária e isso piorou ainda mais desde a morte da minha mãe.

Fiquei calado enquanto eles estavam conversando, eu tinha tanto agradecer para John por tudo que ele estava fazendo por mim, não tinha palavras para agradecer pois eu estaria morando na rua se ele não tivesse aberto suas portas para mim.

Eleonor- eu vou no cinema na semana que vem, quer ir comigo? - eu olhei para o outro lado fingindo que eu não estava aqui- Gael pode vir também, sei que ela acabou de voltar de viagem e quer ficar um tempo com o pai , então podemos ir nós três.

John- é uma ideia muito boa - ele olhou para mim e eu acabei negando com a cabeça, ele tinha que ir no cinema sozinho com ela.

Gael- infelizmente eu vou ficar em casa para estudar, mas vocês dois podem ir juntos - então eu olhei para ele dando ênfase no que eu estava dizendo - tenho certeza que vai ser muito bom se vocês forem juntos - ela parece que ficou mais vermelha ainda e eu estava achando bem fofo esses dois juntos, Só esperava que tudo pudesse dar certo para eles.

John- tem certeza que você vai ficar bem? - eu acho meio com a cabeça sem esperar mais nada - mas eu preciso te ajudar a fechar o bar pelo menos, não quero que você possa ficar correndo risco aqui.

Eleonor- Ele tem razão - falou - você é uma moça muito bonita tenho certeza que também já despertou os olhos da maioria dos garotos dessa cidade, pude perceber que enquanto você estava andando junto com seu pai, alguns rapazes estava olhando para você - eu não pude evitar fazer a careta que acabei fazendo e ela acabou sorrindo.

Gael- não estou interessado em arrumar nenhum tipo de namorado, mas pode ficar tranquila porque vou ficar muito bem, não vai demorar alguns minutos até que eu possa fechar o bar então vou ir para meu quarto e esperar até você voltar - demorou cerca de quase 10 minutos para que eu pudesse convencer John a sair junto com Eleonor, limpei tudo e deixei tudo em seu devido lugar não esquecendo de trancar a porta e apagar a luz do bar, depois eu subi as escadas e andei pelo corredor até chegar ao meu quarto, tranquei a porta e logo em seguida fui até o banheiro onde tomei um banho e escovei meus dentes, escovei os meus cabelos e os prende em um coque bem feito no alto da cabeça, apaguei todas as luzes deixando apenas a luz do abajur ligada e uma parte da janela aberta, eu estava no terceiro andar então pelo menos assim eu tenho certeza absoluta de que ninguém vai tentar vir atrás de mim ou tentar invadir.

Olhei para o céu e as estrelas brilhando lá em cima , sempre quis conhecer como era o espaço porém acabei acreditando que não tinha força suficiente muito menos dinheiro para fazer isso e agora que eu tenho as pessoas do governo atrás de mim, não vou ter nenhum pingo de liberdade a não ser a única liberdade que eu tenho agora estando trabalhando no bar.- tudo vai dar certo quando eu acordar - falei - tem que dar...

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