(Tauron)
Meu ombro maltratado, depois da viagem, ainda doía, e não havia uma adaga cravada nele dia e noite. Imaginei como parecia dez vezes pior a sua situação.
— Não se mexa! — disse, tentando não soar ameaçador.
Esmem parecia um animal em cativeiro. Eu não queria assustá-la, não naquele dia. Tinha tido tempo para pensar e acreditava que ela permanecer com alguém que não ama, pelo resto da vida, sendo limitada ao castelo, era castigo o suficiente por carregar o sangue dele. Não iria mais machucá-la fisicamente.
Fiz a mesma coisa com a outra mão, puxando as mangas para cima, mantendo o horror da minha maldade à minha própria vista.
“Eu fui desumano.” Estava me sentindo com o espírito inquieto agora.
— Não me machuque! — ela pediu novamente, tão chorosa quanto da primeira vez.
Não podia mentir e dizer que não iria machucá-la, pois, pelo estado em que se encontrava, nada seria mais doloroso do que tirar aquelas armas. Mas deixá-las ali não era uma opção.
Analisei os pontos de encontro