Liam apertou a têmpora, o peso daquela noite em Mônaco ainda o oprimia.
— Eu tentei ignorar, fechar o negócio e sair. Mas ela me encontrou mais tarde, sozinha, em um dos terraços.
Os lábios de Liam se curvaram em uma expressão de nojo e repulsa.
— Ela me ridicularizou, Connor. Disse que eu nunca a esqueceria, que estávamos ligados por algo sombrio e que nenhuma mulher jamais conseguiria me amar de verdade. Ela disse que o meu destino era a solidão, porque eu era tão frio e calculista quanto ela.
Connor estremeceu com a crueldade. Incrédulo de como aquilo podia afetar o irmão.
— E você... você acreditou nela?
— Sim — Liam admitiu, a voz baixa e tensa. — Eu não sou sentimental, você sabe, eu nunca... mas senti como se fosse uma maldição. Eu realmente acreditei. Eu sou assim... eu a vi como um fantasma, uma praga que nunca me deixaria ter paz.
O olhar de Liam se perdeu nas sombras da cabine.
— Eu voltei para Porto Cristal e fui ver a Vovó Claire. Ela estava muito mal. O tratame