— Obrigada.
Saí meio sem jeito e rápido. Essa coisa de inventar mentira de supetão não é bem para mim. Primeiro que não sou muito a favor de mentiras, em raros casos sim, se for para ajudar alguém, mas criar uma mentira para fazer o outro cair em engano é bem complicado.
Voltei e encontrei Luca sentado em minha mesa de braços cruzados.
— Podemos ir? - ele olhou o relógio — Eu fiz uma reserva para nós.
Meu Deus, que coisa estranha ouvir essa frase vinda da boca dele.
— Vou pegar minha bolsa - passei por ele e abri a gaveta maior. Dei uma olhada em meu celular para ver se tinha alguma mensagem ou chamada de alguém da clínica, mas graças a Deus não tinha. Então a Gorete estava bem.
— Esse é o seu celular? - ele fez uma cara de deboche.
— É sim, por que? - guardei de volta na bolsa e ajeitei a alça no ombro — Vamos.
— Depois é melhor trocar essa coisa que você chama de celular.
Eu quase disse a ele que poderia me dar um novo se estava achando ruim, mas aí lembrei que é meu chefe e depois