Do outro lado, alguém suspirou e perguntou:
— Ele trouxe a boneca?
Edmar respondeu com um tom de pesar:
— Não.
Se seguiu um longo silêncio do outro lado.
— Preste mais atenção no Gustavo. Acho que a ansiedade dele, provocada por um medo específico e outras questões, está ficando cada vez mais grave. Ele pode acabar tendo problemas mentais.
Edmar imediatamente ficou sério.
— Como assim?
— Antes, ele apenas olhava calmamente para aquelas bonecas feitas com a aparência da Poliana. Mas um dia, eu o vi falando com uma delas.
Edmar franziu as sobrancelhas.
— Talvez ele estivesse de bom humor, falando consigo mesmo?
— Não! As frases dele eram desconexas, como se, na cabeça dele, a boneca estivesse respondendo. Suspeito que ele tenha tido alucinações, mas quando perguntei de forma sutil, ele não quis admitir. Talvez tenha medo que eu não o deixe voltar.
As sobrancelhas de Edmar se franziram ainda mais.
— Entendi.
— Fique de olho nele. Quando ele desmaia, parece ser algo parecid