Bárbara ficou um pouco confusa.
Otávio não parecia ser tão frio quanto Breno a havia descrito.
No entanto, logo ela percebeu as contas budistas no pulso dele.
Então pensou: talvez ele realmente tenha sido frio no passado, mas esses anos de prática espiritual na Montanha L podem ter feito efeito.
— Obrigada. — Ela de fato estava com um pouco de sede, então aceitou o copo.
Otávio, com a cabeça apoiada na mão, observava o jeito delicado com que ela bebia a água, e um sorriso enigmático, quase insondável, surgiu em seus lábios.
— Seu celular recebeu uma mensagem há pouco. Veja se não é o Breno.
Bárbara levantou os olhos lentamente, ainda bebendo água enquanto procurava o celular.
— Não pode ser o Breno.
Para Breno, suas palavras doces e sua atitude sempre proativa o faziam acreditar que ela o amava intensamente e que não conseguiria viver sem ele.
Foi por isso que ele se sentiu à vontade para lhe dar aquele tapa no rosto e ordenar que ela parasse de procurá-lo.
Logo,