Viviane,
— Eu não posso beber, o médico pediu para não beber nada ácido.
— A senhora foi só ao hospital? — ela pergunta e eu confirmo com a cabeça. — Mas o café não é ácido, tem gente que diz ser uma terapia.
Ela estica mais uma vez o café, e está com o cheiro tão bom que acabo caindo na tentação. Tomo praticamente tudo, já que está bem adocicado, do jeito que eu gosto.
— Quer mais, senhora?
Nego com a cabeça e digo para ela que tenho que ir embora. Volto para o elevador e começo a sentir uma falta de ar. Aperto o botão do andar do Peter e me apoio nas paredes do elevador. Busco o ar onde não tem, parece que estou sendo asfixiada.
As portas se abrem e, para minha sorte, Peter está bem na porta e me segura para que eu não caia. Ele me leva para sua sala no colo e fica me abanando com uma pasta. Lena entra correndo com um copo de água e entrega ao Peter, que me faz beber na hora.
— Senhor, é melhor levá-la ao hospital.
— Estamos vindo de lá, mas vou levá-la novamente. Falei para você qu