Viviane,
Pego o celular e atendo. Não falo nada, apenas ouço uma respiração do outro lado da linha. Até que o Peter sai do banheiro, e eu peço para ele ficar em silêncio.
— Não vai falar nada, Peter? — Uma voz de mulher, mas eu não faço a menor ideia de quem seja. — Precisamos conversar.
— Sobre o quê? — pergunto e sinto a risada do outro lado da linha.
— Bom dia, Viviane. O Peter está?
— Sobre o quê é? — Peter se aproxima, encostando-se na mesa.
— Assunto particular. — tiro o telefone do meu ouvido, coloco no viva-voz e passo para ele, levantando-me.
— Alô? — Ele pega o telefone confuso, e quando a mulher fala, ele solta um suspiro de alívio. — Oh, doutora, pode falar.
— Não conseguimos identificar quem fez a transação, porém, já sabemos para onde a conta foi.
— Mas é só identificar o dono da conta, não é? — Ele fala olhando para mim, e pelo que parece é uma advogada. Tinha que ser mulher?
— Deveria ser assim, se não tivesse um probleminha. O dono da conta está morto e vivia em uma c