Ricardo observava Viviane em silêncio, seu olhar carregado de dor, como se estivesse se fragmentando por dentro. Seus dedos tremiam, e em seu coração uma revolta silenciosa se agitava, mas, com toda a intensidade de seus sentimentos, ele apenas disse:
— Eu entendo.
Viviane, ao ver Ricardo assim, também sentia uma dor profunda em seu peito. Mas se continuassem juntos, ela sabia que só conseguiria reviver o passado, e, no fim, ninguém seria capaz de recomeçar. Apenas se perderiam nas lembranças.
— Eu... Acho que não vou tomar o café da manhã. — Disse Viviane apressadamente, deixando a tigela de lado antes de sair rapidamente do quarto.
Ao entrar no carro, a sensação de sofrimento que a consumia ainda persistia.
"Se ao menos o Ricardo não fosse da família Barros... Mas por que Deus tinha que nos fazer passar por isso?"
Ela olhou para o tapete do carro, mergulhada em seus pensamentos, até que o motorista a despertou do torvelinho de emoções. Quando ela percebeu, já havia chegado à empresa