Helena ajudou Júlio a subir no carro e, quando estava prestes a se afastar, teve o pulso agarrado.
Sem outra escolha, ela abaixou o corpo suavemente e disse:
— Calma, solta a minha mão. Eu vou te levar de volta.
— Não. — Júlio, com os olhos fechados, não sabia se estava apenas descansando ou já adormecido, murmurou como em um sonho. — Você é uma grande mentirosa. Não posso te soltar!
O coração de Helena nunca havia se sentido tão suave como naquele momento.
Ela sempre achou que para um homem ser bonito, ele precisava usar gravata e se vestir de forma elegante.
No entanto, olhando para Júlio agora, com manchas de sangue que ele ainda não teve tempo de limpar no rosto e suas roupas impregnadas pelo cheiro da busca por Ricardo na montanha, além da cirurgia... Ele estava exausto.
Ainda assim, naquela fração de segundo, Júlio parecia mais bonito do que nunca.
E não apenas bonito, mas com um brilho próprio.
— Você gosta tanto assim de mim?
Ela deu um leve beijo nos lábios