O abraço era pesado.
Os braços de Enrico envolviam Kayra tão apertadamente que ela mal conseguia respirar. No entanto, ela não o afastou porque, naquele momento, a sensação de segurança era insubstituível.
Depois de um tempo, Enrico finalmente a soltou, e ela pôde ver seus olhos vermelhos e embaçados.
— O que houve? Por que você veio correndo? A ferida no seu pé até se abriu. — Perguntou ela, com uma expressão preocupada, olhando para baixo.
Enrico, desconsiderando sua própria ferida, falou em um tom baixo:
— Alguém esteve aqui?
Kayra assentiu:
— Um representante do baile de socialites internacionais veio me ver.
— Quem?
Nos olhos dele brilhava uma tensão indecifrável.
— Isto. — Disse Kayra, entregando a ela um cartão de visitas.
Ao ver o nome e o telefone de Geraldo no cartão, Enrico apertou os lábios e disse, fixando o olhar nela:
— Quando eu não estiver por perto, você não tem permissão para se encontrar com estranhos!
Confusa, Kayra respondeu:
— Eu não sou uma criança.
Antes que