Marília me abraçou tão forte como nunca, parecia mesmo que ela sentiu muito minha falta. Quase desmoronei em seus braços, mas me mantive rígida, a empregada que arrumava meu quarto não deveria me ver chorando, apesar de estar curiosa por conta do meu olho.
Marília desfez o abraço e segurou meu rosto analisando o machucado, ela parecia uma mãe preocupada com a filha, essa sensação confortou meu coração.
— Pelos céus, que atrocidade! — Resmungou ela.
— Está tudo bem, Marília.
Ela olha para mim com ternura.
A empregada sai do quarto, Marília fecha a porta se certificando que ela não ouviria nada do que não deveria.
— Senti tanto sua falta, você não pode simplesmente sumir assim. Só após três dias o senhor Sebastian me disse onde você estava e o motivo.
— Desculpe.
Marília balança a cabeça, sorrindo.
— Fico feliz que tenha voltado, senhorita.
O meu sorriso se desfaz a medida que percebo onde estou, o meu quarto me trazia muitas lembranças, das melhores até as piores. Passar essas semanas