Kiara
O vento soprava leve no alto da caixa d’água, como se o mundo tivesse esquecido de nos procurar ali.
Era como se, naquele instante, o tempo tivesse parado só pra nós dois.
Deitei a cabeça no ombro dele, sentindo a tensão que ainda vibrava em seu corpo. Mas estava mais branda. Como se aos poucos… ele estivesse permitindo que eu o tocasse por dentro também.
Fiquei em silêncio por um tempo, ouvindo nossos corações, a respiração dele, e o som da cidade distante.
“Minha mãe sempre disse…” comecei, com um sorriso pequeno. “Que a gente pode ser forte mesmo quando tem medo.