Nuria
A primeira coisa que senti foi o cheiro.
Não o da enfermaria, nem o das compressas ou do sangue seco que ainda pairava no ar.
Mas o dele.
Amadeirado. Denso. Familiar. Misturado com uma nota de algo novo.
Algo quebrado.
Abri os olhos com esforço. As pálpebras pesavam como se o mundo tivesse desabado sobre mim. A luz era fraca, filtrada por uma das janelas parcialmente fechadas.
A dor veio logo depois.
Forte. Pulsante. Na coxa.