Robert se aproximou de Ana, cujo coração começou a bater mais rápido.
Ela sabia que precisava manter uma distância profissional, mas a proximidade de Robert a perturbava.Senhor Craner, acho que é melhor mantermos nossa relação estritamente profissional. disse Ana, tentando manter a compostura.Robert sorriu, mas havia um brilho nos olhos que deixava Ana desconfortável.Você sabe que não é apenas profissional, Ana. Há algo entre nós...Ana o interrompeu, sua voz firme. Eu sei que você gosta disso, senhor. Mas não serei mais seu objeto de desejo.Robert ficou surpreso com a ousadia de Ana. Ele pensou que ela era uma mulher submissa, e a resposta fria o desconcertou.Desde quando você é tão afrotosa? ele questionou.Ana sorriu confiante. Desde sempre, senhor. Estou na sua empresa há pouco tempo... Fomos para a cama, sim, mas é só isso. Nem eu sei nada sobre você, e nem você sobre mim.Robert se sentiu desconfortável com a postura firme de Ana. Lembre-se do seu lugar nesta empresa, disse ele, tentando recuperar o controle da situação.Eu me lembro a cada segundo. E é por isso que acho melhor que o que aconteceu nas últimas noites não se repita... respondeu Ana, firme em sua decisão.O olhar de Robert tornou-se mais sério diante da firmeza de Ana. Respirando fundo, ele tentou manter a compostura.Você está certa... saia, por favor. Tenho ligações a fazer... Ah, por favor, chame sua irmã até aqui. Eu preciso conversar com ela", solicitou ele.Ana, sentindo seu estômago embrulhar, assentiu. "Ok... avisarei a ela..."Ela saiu da sala de Robert em silêncio, perdida em seus pensamentos.Ao chegar à recepção, Ana viu Monique com uma expressão de descontentamento enquanto atendia os telefonemas. Com um tom suave, Ana se dirigiu a ela."O Sr. Craner quer você na sala dele agora...Monique levantou-se, sorrindo maliciosamente. "Humm... acho que tem alguém interessado em mim...Ana se sentiu desconfortável, mas antes que pudesse dizer mais alguma coisa, sua meia-irmã continuou com suas provocações."Logo minha posição nessa empresa será melhor que a sua, idiota...Com um suspiro, Ana observou Monique sair da recepção, subindo ainda mais o vestido, em uma clara tentativa de chamar a atenção de Robert.Passaram alguns minutos desde que Monique saiu radiante da sala de Robert. Finalmente, ela apareceu diante de Ana com um sorriso satisfeito e anunciou: "O Sr. Craner quer falar com você...Ana sentiu uma mistura de apreensão e curiosidade. Mesmo assim, tentou manter um semblante calmo e entrou na sala de Robert. Ao adentrar, viu Robert atrás de sua mesa, com uma expressão séria e impenetrável."Por favor, sente-se. convidou ele com um gesto da mão.Ana assentiu, acomodando-se na cadeira diante da mesa de Robert. Ele prosseguiu com uma seriedade ponderada:Conversei com sua irmã e ela me informou sobre a qualidade do currículo. dela Levando isso em consideração, tomei uma decisão. Vou promover sua irmã para ser minha secretária...Ana suspirou profundamente, lutando para não deixar transparecer a tristeza que a consumia. Com determinação, ela respondeu: Não. Eu prefiro que você assine minha carta de demissão. Trabalhar na recepção não era o problema para Ana, mas ela sabia que, sob o comando de Robert, qualquer posição se tornaria um campo de batalha constante onde ele tentaria humilhá-la a cada oportunidade. Não vejo necessidade para isso, Ana... Com os lábios trêmulos, ela respondeu: Eu não vejo outra saída, sr. Robert olhou para ela com um olhar indecifrável e concordou: Ok. Vou assinar sua carta de demissão, mas saiba que as portas da empresa estarão sempre abertas para você, Ana. Obrigada, sr. murmurou Ana, sentindo um misto de alívio e tristeza. Naquela tarde, além de ainda estar com as palavras de Robert gravadas em sua mente, Ana teve o duro golpe de ser substituída por sua meia-irmã Monique.Após assinar sua carta de demissão, Ana pegou todos os seus pertences e voltou para casa. Ao chegar em casa, sua terrível madrasta, assim que ela adentrou, perguntou: Hum, já recebi as novas notícias... Parece que sua irmã está sendo admirada pelo sr. Craner.Ana, com um sorriso triste, respondeu: Não sei nada sobre isso, mas se realmente estiver, boa sorte para ela... com licença, vou descansar...Os olhos da madrasta de Ana estreitara, e ela disse: Você é tão invejosa que nunca comemora as vitórias da sua irmã... quando seu pai voltar de viagem, contarei para ele o quanto você tem maltratado a Monique...Ana, com os olhos cheios de raiva, respondeu:Eu nunca fiz nada disso, vocês que sempre me trataram muito mal... mas se quiser dizer isso ao meu pai, fique à vontade...Ana virou-se rapidamente e subiu as escadas, não querendo ter que ouvir a voz de sua madrasta novamente.No quarto, Ana se jogou em sua cama e caiu em lágrimas.Ela sentiu raiva de si mesma por todas as vezes que foi para a cama com Robert.Como pude ser tão tola? O que eu pensei que ele ia se apaixonar por mim, só porque fizemos amor algumas vezes? murmurou Ana, enquanto suas lágrimas molhavam os lençóis.