Emma Narrando.
Uma semana.
Estou no apartamento de Thomas há exatos sete dias, e já me sinto como se estivesse em um reality show de vigilância 24 horas. A diferença é que não tem câmera escondida — tem Thomas. E o problema é que eu não só me sinto vigiada. Eu estou sendo vigiada. O tempo todo.
Na cabeça dele, aceitar passar uns dias aqui significava automaticamente entregar a ele o direito de monitorar cada passo que eu dou. Como se eu fosse um projeto ultrassecreto do governo ou uma relíquia rara em exposição permanente.
E, olha… isso nem é o pior.
O pior é que ele cismou que eu estou traumatizada. O que, ok, talvez tenha um fundo de verdade. Mas daí até me proibir de trabalhar é um salto enorme. Thomas simplesmente ligou pro RH da empresa e comunicou que eu teria uma semana de folga para “desestressar a mente”. E como se isso não fosse suficiente, ainda deixou seu cartão black comigo, como se dissesse: “Vai gastar. Compra o mundo. Cura o trauma no shopping.”
E, honestamente?