Quando entro no centro aquático abafado pelo vapor do aquecedor e das piscinas, eu vejo o movimento e logo os fios ruivos submergindo na água enquanto o pequeno corpo nada. Ando até lá devagar e ela solta um pequeno gritinho quando me vê.
— O que está fazendo aqui? Aqui já devia estar fechado — pergunto e ela suspira, passando a mão pelos fios para jogá-los para trás.
— Eu pedi para um dos funcionários. Aparentemente eles têm medo de você e sabem que eu sou.
Aceno, olhando para a criatura à minha frente. Eu me xingo mentalmente. Me xingo muito e chuto a minha bunda na cabeça, porque…
— Por que está me olhando assim? — ela pergunta baixo e percebo que seus olhos estão vermelhos demais, mais do que o normal para ser só a água da piscina.
— Por que estava chorando? O que o seus pais fizeram?
— Não quero falar disso.
Ela me ignora e volta a nadar, me deixando ali na beira da piscina falando para o nada. Chega na outra extremidade, longe de mim.
— Cecília, você pode, por favor, ser um pouc