Ângelo falou de forma despretensiosa e, sem sequer lançar um olhar para Íris, se virou e partiu.
- Ângelo, você vai embora assim? - Severino, observando a figura distinta e superior do homem se afastando, percebeu que tinha exagerado e gritou em desespero. - Eu estava apenas brincando agora, por que você levou a sério? Fique tranquilo, Íris ainda é a sua Íris, mesmo que tenha sido eu quem a salvou, ela ainda é sua esposa delicada, não vou fazer nada impróprio!
- Não se preocupe, faça o que bem entender.
Ângelo, de costas para eles, fez um gesto com a mão e, sem olhar para trás, deixou aquele lugar de conflitos.
Severino, incapaz de detê-lo, ficou parado lá, completamente atordoado.
"Esse Ângelo, realmente é tão generoso assim, a ponto de abandonar a própria esposa?"
Ele olhou para Íris, ainda amarrada de corpo inteiro, como se estivesse diante de um presente "a ser desembrulhado", se sentindo estranhamente envergonhado.
- Olha, cunhada, não tenha medo, aquele Ângelo deve estar com ciúm