62. O Destino em Minhas Mãos
Brenda Ortiz
Estou tão dispersa que nem percebo que o motorista dá muitas voltas e passa por ruas diferentes das habituais.
— Por que estamos justamente por essas ruas? Já não deveríamos ter chegado? — pergunto, voltando a mim, desconfiada.
— Sim, senhorita. Em um dia normal, já teríamos chegado, mas hoje é véspera de Ano-Novo, e muitas saídas estão fechadas para evitar aglomerações. Por isso, precisei passar por aqui para conseguir chegar ao nosso destino — ele responde, e logo concordo.
— Isso é verdade. Eu havia esquecido dessas regras na cidade. Deve ser a falta costume de trabalhar em datas comemorativas — falo, observando as luzes da cidade.
— Mas logo chegaremos — ele diz.
— Tudo bem. Pelo visto, está armando uma chuva. Então é melhor se apressar para não piorar nossa situação e perder a festa com sua família — comento, e o motorista logo responde, assustado com essa possibilidade.
— Nem me fale isso, senhorita. Se eu não estiver em casa antes da meia-noite, minh