22. Sangue, Traição e Desejo de Morte
Gregório Montreal
— EU VOU TE MATAR, DESGRAÇADO! — Cristóvão grita, desesperado.
Mirando-o com o dedo indicador, respondo tranquilamente:
— É só vir... Daqui, te acerto fácil e te mando para o inferno com prazer, IRMÃOZINHO! — falo suavemente, enquanto ele rosna feito um cão raivoso.
— Se acalmem! Baixe essa arma, Cristóvão. Sente-se! O que está havendo aqui? A única vez que te vi dessa maneira, Gregório, foi com sua noiva, Nancy, no dia daquela tragédia. E isso das ações do seu irmão? Por que fez isso? — meu padrinho pergunta. Permaneço calado, servindo-me de mais um pouco de vinho.
Quero esquecer tudo, e nada melhor do que me embriagar até adormecer. Quem sabe assim minha vida se torna um pouco melhor e menos mórbida.
Permaneço em silêncio, enquanto Cristóvão continua esbravejando.
— Ele está caído por essa mulherzinha e não quer admitir. Por isso fica todo alterado quando falo a verdade que ele não quer enxergar. Essa mulher é o verdadeiro demônio, e meu irmãozinho continua