111. Sangue na Sala do Poder
Rubens Paiva (Amigo e Advogado de Gregório)
Assim que recebo a ligação da Olga, entro no carro e saio dirigindo como um louco para chegar o quanto antes à empresa. Meu irmão precisa da minha ajuda, e não posso deixá-lo na mão justo agora. Sempre estivemos um ao lado do outro, em todos os momentos — bons ou ruins. E será assim até o fim das nossas vidas.
Em poucos minutos, estaciono o carro de qualquer maneira na entrada do prédio. Saio correndo em direção ao elevador, que, por sorte, está chegando naquele exato momento. Entro, aperto o botão do último andar e imploro aos céus para que chegue o mais rápido possível. Meu telefone toca, e ao olhar o visor, vejo que é o número do Carlo.
— Não vou atender agora. Do jeito que estou nervoso, posso acabar contando o que aconteceu com o Gregório e colocando todo mundo em perigo — penso, enfiando o celular no bolso sem sequer finalizar a chamada, para que ele ache que não percebi.
O elevador para, e assim que a porta se abre, saio em disparada