Dean Sinclair
O nó se instalou na minha garganta desde a noite em que Julia deixou a minha casa, e foi aquele momento em que soube que deixa-la partir seria um problema. Porra, se eu fosse ser sincero, teria resolvido a questão com a agência, a babá... a verdade difícil de admitir, no entanto, era que independente dos erros que Julia cometeu, ainda a queria por perto.
Ela estaria aqui até que eu pudesse me convencer de que a havia superado. Porque cinco anos infernais não foram o bastante, cacete. Talvez meses enxergando quem ela era fosse finalmente quebrar o feitiço que Julia jogou em mim.
Agora, por exemplo, olhava para a mulher e não conseguia entender como podia tentar usar minha filha tão descaradamente. Ainda assim, o ódio não conseguia superar tudo o que sentia ao olhar para a maldita boca a me atormentar, ou os olhos cristalinos da infeliz. Não, porra, o cabelo rosa não era para ter se tornado meu maior fetiche.
— E então, não vai dizer nada?
Na defensiva, Julia abraçou o pró