MAITÊ
Arthur me ajudou em tudo , pagou todas as despesas do enterro da minha avó. Eu me sentia tão devastada e incapaz de raciocinar com maior clareza , mas ao mesmo tempo estava tão grata por ele estar me dando essa ajuda quando mais precisei, estava sendo meu ombro amigo se na verdade ele não tinha qualquer tipo de obrigação de custear com os gastos de alguém que nem mesmo é o seu ente querido. Não quis ficar velando a minha avó , quis logo enterrá-la , fui covarde e admito mas não tinha qualquer tipo de estrutura psicológica para ficar lhe olhando dentro de um caixão. Não avisei a ninguém do bairro em que cresci e onde vivemos a maior parte de nossas vidas , simplesmente porque não sentia coragem o suficiente para aturar os cochichos e o que falaria sobre mim , de que a minha avó morreu por estar decepcionada comigo por ter escolhido a vida que levava; minha avó não sabia sobre nada em relação à isso e por algum motivo a culpa me espezinhava , tudo bem que era a minha vida e ning