Capítulo Dois
O vento se tornava mais denso e pesado conforme avançávamos. O Reino dos Dragões estava próximo, mas a sensação de estarmos sendo seguidos persistia.
— Ainda estão atrás de nós, mestra. — Filó murmurou em meu ouvido, ainda em sua forma pequena, camuflada no meu ombro.
— Quantos? — perguntei, sem desviar os olhos do horizonte.
— Pelo menos cinco. Mas são sutis.
Atlas, que voava um pouco mais à frente, olhou para trás. Seu olhar se estreitou.
— Acho que sei como descobrir.
Antes que eu pudesse impedi-lo, ele desviou abruptamente do curso e disparou em linha reta para o lado oposto.
— Atlas! — gritei.
No mesmo instante, cinco vultos escuros surgiram das nuvens e foram atrás dele.
— Então era verdade... — murmurei, girando no ar conjurando um feitiço.
Atlas não perdeu tempo. Ele girou no ar, desembainhou sua katana e bloqueou o primeiro ataque de um dos inimigos, uma criatura alada de olhos vermelhos.
— Bem-vindos à festa! — Atlas provocou, desviando habilmente dos golpes.
E