Capítulo Dez
A noite estava silenciosa, apenas o som das folhas ao vento e o distante canto das criaturas noturnas preenchia o ar. Eu ainda sentia o gosto do beijo de Kate nos meus lábios, mas o calor daquele momento foi rapidamente substituído por um frio inexplicável que percorreu minha espinha.
Kate percebeu na mesma hora. Seus olhos se arregalaram, e antes mesmo que pudéssemos reagir, uma presença densa e sufocante tomou conta do lugar. O ar ficou pesado, como se algo invisível estivesse drenando a energia ao nosso redor.
Então, a escuridão se moveu.
Das sombras, uma figura alta e imponente se materializou. Ele não estava realmente ali—não em carne e osso—mas sua presença era esmagadora.
Oregon.
Seus olhos carmesins brilharam na escuridão, um sorriso cruel se formando em seus lábios pálidos.
— Finalmente — sua voz ressoou como um trovão abafado. — O pequeno príncipe e sua protetora.
Instintivamente, me coloquei diante de Kate, mas ela não recuou.
— O que você quer? — sua voz saiu