— Procurem por ela! — Benjamin deu um soco violento na beirada da janela. Seus olhos, normalmente frios e calculistas, agora brilhavam em um vermelho de desespero. — Nem que precisem derrubar essa casa inteira, eu quero encontrar minha esposa!
— Sim, senhor! Vou organizar uma busca imediatamente! — Stéphanie saiu às pressas para mobilizar a equipe.
O quarto voltou ao silêncio, e a tensão que apertava Benjamin começou a se dissipar, ainda que minimamente. A mente, antes consumida pela angústia, lhe permitiu um momento de clareza.
Foi então que ele ouviu um som abafado. Um choro fraco, quase imperceptível, que fez seu coração acelerar.
— Samara!
Cheio de esperança, Benjamin correu para o quarto, guiado pelo som. Passo a passo, o choro se tornava mais nítido. Cada soluço parecia atravessar seu peito como uma faca afiada.
Ele seguiu o barulho até o guarda-roupa. O som do atrito de tecidos e os soluços eram agora claramente audíveis.
Com cuidado, Benjamin abriu a porta do armário. O que viu