Olívia acabou sendo levada para casa por Diogo, conforme Tiago havia combinado.
Charles empurrava a cadeira de rodas de Haroldo em direção ao estacionamento, enquanto Dalila o seguia como uma sombra incômoda, igual a um carrapato.
— Até quando você vai ficar me seguindo? — Charles parou de repente, sem sequer olhar para trás.
Dalila, pega de surpresa, quase esbarrou nele, cambaleando desajeitadamente.
— Charles, eu só queria ajudar a levar o vovô para casa. — Disse Dalila, com um tom lamentoso e olhar de cachorrinho abandonado. — Ele acabou de sair do hospital, vai precisar de cuidados, e eu quero ajudar você...
— Ajudar? Você pode fazer o quê? — Charles retrucou, sem piedade.
Dalila ficou sem palavras, o constrangimento evidente.
— Eu te vi crescer. Sei como a Sra. Íris e seu irmão te protegem. Essas suas mãos nunca tocaram nem em terra. O que exatamente você acha que pode fazer? — Charles disse, com frieza, sem deixar espaço para réplica.
— Charles, eu...
— Você sabe muito bem de que