— Você sabe para quem acabou indo o coração que deveria ser transplantado na filha deles? Para o filho de Jacó, um figurão da Yexnard! E aquela pobre menina acabou morrendo em agonia, esperando por outro doador que nunca chegou!
A indignação de Gabriel, palavra por palavra, era como uma lâmina, e Olívia sentia uma dor profunda ao ouvir. Ela também era médica e podia compreender perfeitamente a angústia dele.
— Gabriel, eu entendo como você se sente, mas...
— Tia, minha regra é clara: eu nunca, jamais, atendo oficiais, magnatas ou ricos poderosos. Eles têm dinheiro de sobra, podem encontrar qualquer médico que quiserem. Eu sou temperamental e difícil de lidar, meu tratamento pode acabar sendo uma sentença de morte. É melhor procurar outro especialista!
Maia abriu a boca para falar, mas antes que conseguisse dizer algo, Gabriel já tinha desligado o telefone.
— Vivia, me desculpe. Meu sobrinho... Nem os pais dele conseguem lidar com ele, eu realmente não tenho o que fazer. — Maia suspirou