Olívia caminhava sozinha em direção ao salão de festas, cantarolando uma melodia.

Ela sabia que Dina estava em maus lençóis. Com o conhecimento que tinha de Jair, ou melhor, dos homens em geral, sabia que eles eram criaturas superficiais, que valorizavam mais o orgulho do que qualquer outra coisa. Fazer o filho mais velho da família Moura passar vergonha? Jair certamente faria Dina pagar caro.

Bem feito, pensou Olívia. Quem mandou mexer com a irmãzinha dela? Uma surra era pouco para Dina!

— Vivia.

Uma voz baixa e melodiosa, carregada de emoção, soou atrás de Olívia.

Seu coração deu um salto, e ela apertou os dedos.

Não havia outra voz no mundo que pudesse alterar o ritmo do seu coração daquela maneira.

Exceto a dele. O homem que ela amava desesperadamente e que a havia machucado profundamente.

Olívia respirou fundo para se recompor e se virou com um olhar frio.

Charles estava a poucos passos de distância, segurando uma caixa lindamente embalada, caminhando em sua direção com uma postur