No momento em que a ligação foi atendida, Diogo endireitou a postura, sentando-se com a coluna ereta e uma expressão tensa.
— Senhor...
— Sr. Diogo, no horário do seu país já deve ser bem tarde, não? Ainda não foi descansar?
Ao ouvir a voz de quem atendeu, Magnolia, o coração de Diogo apertou. Ele franziu o cenho, surpreso.
— Olá, Srta. Magnolia.
— Aqui no País M ainda é manhã. O senhor está na casa de Andrew e Fred, ocupado como sempre, e não pode atender sua ligação. — Magnolia respondeu com um tom que misturava desprezo e um sorriso malicioso. — Se tem algo a dizer, pode falar comigo. Eu transmito o recado.
Diogo estreitou os olhos, apertando os dedos contra a palma da mão em um gesto de frustração contida. Ele passou anos seguindo o senhor, dedicando-se sem reservas, trabalhando como um cão fiel e leal. Mas, no fundo, ele sentia como se houvesse sempre uma barreira invisível entre eles, uma distância que ele nunca conseguia ultrapassar. Ele sequer tinha certeza se o sen