— Eu... Eu não... Eu não envenenei ninguém! — Tânia parecia uma ave morta encurralada, sem saída.
Pietro ignorou completamente sua negação. Sua voz, baixa e cortante, ecoou pelo tribunal:
— Naquela noite, você fugiu do local do crime em pânico, mas cometeu um erro fatal: esqueceu de levar este frasco de remédio. Na época, a morte da vítima foi registrada como suicídio, o que te deu uma falsa sensação de segurança. Você nunca voltou ao quarto para confirmar se as evidências haviam sido realmente apagadas. E a família Marques, supersticiosa como é, decidiu lacrar o quarto, considerando-o um lugar amaldiçoado por ter ocorrido uma morte ali. Essa decisão, feita sem premeditação, acabou ajudando a polícia a preservar o local do crime por completo até hoje.
Pietro fez uma pausa e apontou para a tela.
— Este frasco de remédio, que foi colocado no criado-mudo ao lado da cama da vítima, substituiu os medicamentos que ela tomava para depressão. No entanto, ao analisarmos os resíduos dentro do fr