Sentei-me na grama macia, encostado no tronco robusto da árvore que nos abrigava do sol. À minha frente, a paisagem se desdobrava em um mosaico de verdes e dourados, um vale que parecia respirar em harmonia com a brisa suave. Olhei ao redor, admirando a beleza do momento. Era tudo tão perfeito que me senti, por um instante, como um artista em busca de palavras para descrever sua obra-prima.
Agnes estava a poucos metros, ajeitando o lençol que trouxemos para o piquenique. O jeito como seus cabelos brilhavam sob a luz do sol me deixava absorto. Fiquei ali, admirando cada movimento seu, a delicadeza com que arrumava as coisas, como se cada gesto fosse uma dança que apenas ela conhecia.
— Você não acha que é perfeito? — ela perguntou, virando-se para mim com um sorriso que iluminava seu rosto. Senti um frio na barriga, uma mistura de emoção e saudade.
— É mais do que perfeito — respondi, tentando conter a intensidade do meu olhar. — Você realmente consegue transformar qualquer lugar em al