A escuridão foi profunda e completa por um tempo que eu não conseguia mensurar. Eu estou “desacordada”, flutuando em um limbo controlado, permitindo que os sons e cheiros da tribo penetrem meus sentidos aguçados. O cheiro de ervas, fumaça e terra úmida. Vozes baixas, passos cautelosos. Me preparo para o momento em que abrirei os olhos. A atuação tem que ser perfeita.
Finalmente, com um gemido suave e um tremor cuidadosamente ensaiado, meus olhos se abrem lentamente. A luz é fraca, filtrada por uma abertura no topo da tenda onde estou. Peles cobrem o chão, e o ar é quente e denso. Me sento abruptamente, simulando um sobressalto, meus olhos arregalados de medo, varrendo o ambiente como um cervo acuado.
—Onde... onde estou? -minha voz saiu em um sussurro fraco, carregada de um medo juvenil que é, em parte, fingido, em parte, muito real. Afinal, eu estou cercada por aqueles que, em outra vida, havia caçado e matado, mas também havia uma ansiedade crescente, pois seu futuro líder um su